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Prudente de Moraes

O nome Sociedade Prudente de Moraes, escolhido em 1951 para esta instituição, foi uma justa homenagem ao primeiro presidente civil da República eleito pelo voto popular no dia 15/11/1894.

Prudente José de Moraes Barros, nascido em Itu, esta- do de São Paulo em 04/10/1841 e falecido em Piracicaba em 03/12/1902, formou-se Bacharel pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco, formando-se em 1863. Foi Presidente do Brasil no período de 1894 a 1898.

Destacado maçom e fervoroso republicano, adere à causa e passa a ser um dos chefes do PRP – Partido

Partido Republicano paulista, criado em 16/04/1873, na Convenção de Itu, com a finalidade de lutar pela imple- mentação do regime federalista no Brasil.

É eleito deputado à Assembleia Provincial Paulista em 1884, em 1885, deputado por São Paulo na 19ª Legislatura. Proclamada a República em 1889, é indicado para a Junta Governativa instalada em seu estado, e em seguida escolhido senador à Constituinte de 1890 que o elege seu presidente. Apresenta-se como candidato ao primeiro quatriênio republicano, porém, o escolhido é o Marechal Deodoro da Fonseca, com 122 votos contra 95 dado a Prudente.

Nas eleições nacionais de 15/11/1894, foi eleito Presi- dente da República, o primeiro pelo voto popular, até 15/11/1898. Por motivo de doença, precisou afastar-se do cargo entre 15/11/1896 a 04/03/1897, substituído pelo Vice-presidente Manoel Vitorino Pereira. Enfrentou Prudente de Moraes problemas graves, pois o pais no início da Republica, estava ainda conturbado. Mesmo assim, conseguiu a pacificação do Rio Grande do Sul, convulsionado pela Revolução Federalista, e resolveu uma pendência com a Inglaterra, ou seja, a posse definitiva para o Brasil da Ilha de Trindade. Porém, teve que lidar com um espinhoso problema em seugoverno, que foi a revolta de Canudos, iniciada por Antônio Conselheiro. O governo federal interveio, após o governo da Bahia ter tido insucesso em 1896. Esta revolta termina em 05/10/1897, quando corpos do exército entram no arraial de canudos. Antônio conse- lheiro já estava morto desde 22/09/1897.

Em 05/11/1897, Prudente de Moraes sofre um atentado, quando chegava ao embarcadouro Arsenal da Guerra para recepcionar uma tropa vitoriosa nos combates de Canudos. Do meio da multidão, o soldado Marcelino Bispo de Melo atirou com uma garrucha em direção ao Presidente, mas os tiros falharam, sedo o atirador desarmado por um coronel. Traiçoeiro, o criminoso ainda conseguiu esfaquear o Ministro da Guerra Carlos Bittencourt, que morreu. Atribuiu-se o atentado a jacobinos e florianistas fanáticos, quando desejavam um regime autoritário. Eram eles inimigos de morte da Republica Liberal, descentralizada e federalista. Provou-se depois que o soldado Marcelino pertencia às hostes adversárias. Foi feito prisioneiro e depois encontrado enforcado na cela da cadeia com um lençol. Prudente parte para retaliação, instituindo o estado de sitio e prendendo e exilando seus rivais.

Ao encerrar seu governo, em novembro de 1898, Prudente de Moraes já havia consolidado a República e estava senhor da situação, transferindo tranquilamente o governo ao seu sucessor Campos Salles, seu correligionário de Campinas, SP; a seguir, se retira para a vida privada. Muito doente, veio a falecer no ano 1902. Este vulto da nossa história republicana teve descendentes radicados em Limeira, como sua neta Dª Maria Thereza Silveira de Mello. E seu bisneto residiu em Limeira. O Sr. Trajano de barros Camargo Filho, (o Trajaninho), nascido em Limeira e que fez parte do nosso Quadro de Obreiros da Loja Fraternidade de Limeira.